"O Amor é a força mais abstrata, e também a mais potente que há no mundo"

(Mahatma Gandhi)







domingo, 19 de setembro de 2010

Que o Céu esteja em teu coração

Enquanto não aprederes a ver Deus em todas as coisas, criança, jamais serás feliz.
Lembres de que tudo o que é ruim jamais existe por si só. E lembres de que há um mar de mãos estendidas, todas à espera da tua.
Criança, quando te esqueces do Amor, a vida perde mesmo o sentido.
E essa tua angústia, quem a cria é você mesma.
Por isso abras tua alma para que o acalento a segure e a purifique. Abras tua alma para viver a verdade.
Que o Céu esteja em teu coração.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Descompasso

Parece-me que ando sempre em descompasso com o mundo, ou que o mundo anda em descompasso com o meu coração. Sinto-me triste, e as coisas perdem a razão. Acordar pela manhã significa mais um dia de palavras, palavras, palavras, ilusões e mais ilusões, de gente perdida, assim como eu. Mas eu ando. Ando não mais porque tenho esperança. Ando porque devo. A minha esperança fica à espreita, esperando um momento em que eu dê uma folga à tristeza. E ultimamente, tenho sido regulada nas folgas. Minha cabeça dói – costumo dizer que é problema mal-resolvido – e me é cada vez mais penoso fazer tudo o que faço. Outrora faria minhas lições como se estivesse a conquistar o mundo, e agora as faço como se o mundo estivesse a me engolir. A roda gigante gira. E eu não fico mais tonta, não tenho mais medo; fico apática, porque não importa onde eu estou: é sempre o mesmo caminho. Dentro em pouco terei alegria, e então meus colegas me dirão olá, e dirão que voltei. Mas e a felicidade, e a verdade, e a harmonia, e a paz? Palavras, palavras; não só palavras. Liberdade, paz. Não sei se meu coração, se minha cabeça, mas algo dentro de mim precisa dessas coisas. E estão tão distantes... Eu quero liberdade, e no entanto vejo que me prendo. Meus olhos aguados, lindas representações. Angústia companheira, você tem se mostrado fiel; sempre volta. Mas chega o tempo em que haverá a despedida. E então, serenidade.
Vida, preciso viver-te!