E
no escuro da cidade e no auge do desespero, ao som de uma música cantada com
uma voz esganiçada, lembro de alguns pedaços de mim que deixei por aí, de
algumas coisas que vêm de dentro d’alma.
Entendi
que traçar esse caminho que escolhi é tão doloroso e tão difícil porque me
nego, me machuco, sou cruel comigo. Deixo de lado as minhas idiossincrasias
para seguir aquilo que alguém achou melhor, quando todos os caminhos precisam
ser desbravados por mim em mim mesma. Por mais que haja luz apontando na
direção, o mapa sou eu quem deve construir.
Mas
eu me esqueço pra pertencer, como se pra pertencer lá fora eu não precisasse,
primeiro, pertencer aqui dentro.
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